domingo, 17 de julho de 2011

Assaltantes levam quase R$ 6 mil de loja de informática

15h04, 15 de Julho de 2011Priscylla Régia
Imagens do Circuito Interno
Uma loja de informática e produtos eletrônicos foi assaltada no início da tarde desta sexta-feira, 15, na Rua do Imperador, Centro de Maceió. Dois homens armados invadiram o local e anunciaram o assalto.
De acordo com informações do proprietário da loja – que não quis ter a identidade revelada – três pessoas foram rendidas dentro do estabelecimento e tiveram que entregar os celulares aos bandidos.
“Um cliente estava vendo um banner de ofertas da loja. Quando o funcionário abriu a porta para o cliente entrar, os homens anunciaram o assalto. Um ficou próximo a porta e tomou nossos celulares para que não ligássemos para a polícia enquanto o segundo assaltante entrou em outra sala para pegar o material. Durante o roubo, levaram quatro caixas cheias de equipamentos além de R$ 5.982 em dinheiro”, contou o dono da loja.
O valor total do prejuízo ainda não foi contabilizado, mas os materiais levados foram 33 playstations II, três playstations III, três vídeogames X BOX, cinco câmaras digitais, seis controles de vídeogames, 430 jogos, 69 pen drive.
O circuito interno de câmeras flagrou toda ação dos criminosos e as imagens irão facilitar a identificação dos bandidos pela polícia. Conforme o vídeo, o assalto teve início às 12h51 e durou pelo menos oito minutos. Na ação, eles escolhiam calmamente as mercadorias na loja e faziam funcionários e cliente de reféns.
O caso já foi registrado na Central de Polícia, no Prado.

Camex reduz imposto de importação de bens de informática

A relação exclui produtos com códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Por REDAÇÃO DA COMPUTERWORLD

16 de julho de 2011 - 10h26
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O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), aprovou no fim da noite de sexta-feira, 15/7, a redução de Imposto de Importação (II)  de produtos de informática, telecomunicações e bens de capital. Até 31 de dezembro de 2012, as alíquotas incidentes sobre sete tipos de bens de capital e bens de informática e telecomunicações, incluindo insumos que não possuem produção nacional, será de 2%. Antes, o imposto incidente variava entre 14% e 16%, dependendo do produto.
As concessões são apenas para equipamentos com especificações restritas e não alcançam todos os produtos abrangidos pelos respectivos códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Entre os sete itens estão equipamentos para o setor de semicondutores destinados a circuitos integrados de memória e máquinas para testes automáticos e personalização de módulos de semicondutores.
Segundo a Camex, o regime de Ex-tarifários tem o objetivo de estimular investimentos para a ampliação do setor produtivo nacional de bens e serviços, por meio da redução temporária da alíquota do Imposto de Importação (II).
Os pedidos de redução são analisados pelo Comitê de Análise de Ex-tarifários (Caex), instituído no âmbito do MDIC, que verifica a inexistência de produção nacional dos bens e faz a análise de mérito dos pedidos, levando em conta os objetivos pretendidos e os investimentos envolvidos. Também participam das análises de inexistência de produção nacional as entidades representantes das indústrias brasileiras.
Em fevereiro, o governo federal já havia reduzido para 2% a alíquota de Imposto de Importação de 417 bens, incluindo nove de informática e telecomunicações,  até 30 de junho de 2012. Essa lista  inclui transceptores para rádio-base de sistema truncalizado, monitores coloridos e monocromáticos de alta resolução, módulos fotovoltaicos e sistemas de áudio baseado em computador.

Cerrado e o potencial químico

As pesquisas sobre o bioma foram destaque na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorreu em Goiânia (GO)
16.07.201117:00
Mônica Pileggi
DA AGÊNCIA FAPESP
 
O potencial químico e farmacológico do Cerrado, embora sabidamente rico, ainda é pouco explorado e estudado. E o interesse da comunidade científica é ainda maior diante do cenário de desmatamento e da perda de biodiversidade do bioma, que ocupa cerca de 23% do território brasileiro.

Foi o que afirmou o professor Fernando Batista da Costa, do Laboratório de Farmacognosia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (FCFRP-USP), durante conferência na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Goiânia (GO).

Costa falou sobre a diversidade química, caracterizada por substâncias produzidas por animais, plantas, insetos e microrganismos presentes no Cerrado. "Essas substâncias têm um potencial de impacto muito forte em várias áreas, como agropecuária e as indústrias farmacêutica e de cosméticos".

Em sua apresentação, o pesquisador apresentou resultados parciais do projeto "Potencial químico e farmacológico de espécies da família Asteraceae", apoiado pela Fapesp na modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular.

"Estudos preliminares realizados por nosso grupo de pesquisas revelaram três plantas medicinais promissoras da família Asteraceaecom potencial farmacológico: Smallanthus sonchifolius (yacon), Tithonia diversifolia (margaridão) e Dasyphyllum brasiliense (espinho-agulha)", disse o cientista.

Costa relatou a descoberta de duas novas substâncias no margaridão, a criação de uma biblioteca com cerca de 120 substâncias pura isoladas - a maioria do Cerrado - e a ação anti-inflamatória dos fenóis por meio de estudos realizados em um planta de uso popular, o espinho-agulha.

"A diversidade química da região é muito rica. Precisamos olhar para o Cerrado", afirmou. O grupo de Costa pretende continuar o estudo multidisciplinar com o objetivo de obter perfis metabólicos de diferentes extratos das três espécies, isolar, identificar e quantificar diferentes classes de micromoléculas.

"Com o material obtido, serão feitos ensaios anti-inflamatórios in vivo e in vitro em diferentes alvos moleculares e celulares para investigar seus mecanismos de ação", disse. Os pesquisadores também pretendem levantar dados sobre o grau de toxicidade dessas plantas.

A 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) ocorreu na Universidade Federal de Goiás (UFG). Foram apresentados quase 6 mil trabalhos, 61 conferências e 80 mesas-redondas, no evento com o tema "Cerrado: Água, alimento e energia".

A abertura da reunião teve a presença de Aloizio Mercadante, ministro da Ciência e Tecnologia, Edward Brasil, reitor da UFG, Marconi Perillo, governador do estado, Jacob Palis, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Helena Nader, presidente da SBPC, e deoutras autoridades e pesquisadores.
Vilã incompreendida’, química oferece mercado atraente a profissionais
Luiz Beltramin
Terror para parte dos vestibulandos, ao lado de outras ciências exatas como física ou matemática, a química é uma ciência em muitas vezes injustiçada pela má fama. Xingada e desprestigidada por alguns candidatos nos vestibulares e até mesmo cantada – quem nasceu antes dos anos 90 se lembra de como Legião Urbana e Paralamas do Sucesso teciam versos de ódio contra a disciplina, na canção “Química” – a ciência tem tudo para virar o jogo, cujo placar é injusto, diga-se de passagem.

Diferentemente do estereótipo facínora que recebe por vezes, seja em música, prosa, verso ou escolhas de vestibulandos, a disciplina é responsável por uma das maiores demandas por profissionais no País, com tendência ainda a ficar maior em vista dos investimentos previstos, especialmente após o anúncio das jazidas de petróleo na camada abaixo do pré-sal.

Além da questão do mercado de trabalho, a ciência também ganha holofotes – positivos – em âmbito global, já que 2011 é o Ano Internacional da Química (AIQ). A iniciativa é da Organização das Nações Unidas (ONU) que, desta forma, pretende dar coro a pesquisadores que pleiteiam o reconhecimento universal de que a ciência está na base de tudo, inclusive os processos naturais.

Com perspectivas de abertura em até 200 mil novos postos de trabalho no Brasil até o ano de 2020, de acordo com recente estudo divulgado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o mercado no setor, apesar do espaço garantido aos profissionais, enfrenta uma contradição. Mesmo com vagas abertas, tem gente sem trabalhar.

Conforme especialistas, a massa desempregada não atende às expectativas do também grande contingente de empresas, que busca profissionais com maior grau de qualificação.

Essa dificuldade na contratação é atestada por um dado recente apontado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Conforme o estudo, 69% dos empresários não conseguem encontrar pessoal qualificado, especialmente para cargos técnicos ou especializados. Por outro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 1,5 milhão de pessoas estão desempregadas no Brasil.

E é justamente a famigerada química uma das áreas com maior potencial de absorção de profissionais. Ao lado de outros nichos como tecnologia ou engenharia, a ciência, entretanto, não pode ser considerada um atrativo apenas pela possibilidade de emprego. É preciso muita aptidão e afinidade, observam profissionais do setor.

Ou seja, vestibulandos sem intimidade com números, de certa forma, estão certos em se manter longe da disciplina. “É preciso gostar, ter facilidade com o conteúdo que exige muita Matemática”, observa a professora de química Lidiane Pradilha.

Outra particularidade, observa o também professor Moisés Pradilha, é o caráter misto da disciplina, que faz paralelo entre conceitos das ciências exatas com as humanas também. “Demanda muita interpretação de texto. É preciso aliar tanto conceito das ciências exatas quanto humanas. Na Física também é desta forma”, compara



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Ampla e natural 


Famigerada, em muitas ocasiões injustamente, a química, defendem especialistas na área, está presente nos mais elementares aspectos da vida, desde na composição de alimentos naturais até na fotossíntese. É isso que especialistas da área querem que seja estabelecido como um padrão para que a disciplina deixe, definitivamente, a carapuça de vilã.

Alexandre Simoneti também é professor da área em Bauru. Segundo ele, o campo é abrangente demais para ser taxado. O fato é que, reforça o professor, a química é base teórica e prática para qualquer processo de transformação material. “É extremamente comum que, no dia a dia, a química seja ligada a algo nocivo. É uma afirmação completamente equivocada”, considera. “Em todos os materiais, nocivos ou não, existe química”, acentua. “A química é a ciência da matéria. Porém, no jargão popular, o termo ganhou esse cunho de nocivo, em afirmações como ‘nesse alimento não há química’ ou em ‘tal loja encontram-se produtos sem química’”, ilustra.

Simoneti ainda embasa a “defesa” sobre a matéria ao elencar produtos químicos industriais e naturais. “O que ocorre é que alguns produtos químicos, como gases poluentes, plásticos, inseticidas ou agrotóxicos são nocivos para os seres vivos, podendo trazer sérias complicações”, reconhece. “Porém, é necessário que haja a distinção entre uma substância química comum, e extremamente importante, como água, oxigênio, açúcar, sal, ferro, ouro, prata ou proteínas, do grupo de substâncias tóxicas, como gases poluentes, metais pesados, entre outros”, diferencia. “Todas são substâncias químicas”, denomina. “Algumas vitais, algumas tóxicas”, define o professor.