Mas, então, como as professoras e professores poderiam "usar" essas ferramentas tecnológicas, isto é, o computador e a Internet em suas salas de aula para ensinar química? Como esses ambientes virtuais, isto é, os softwares educacionais e a páginas da web ou www, poderiam ajudar aos alunos a aprender química?
Além do problema metodológico, é importante destacar que esses recursos não estão, de maneira alguma, disponíveis em todos as escolas, bem como, a maioria de professoras, professores e alunos do ensino médio ainda não têm acesso a essa tecnologia, principalmente, devido ao seu elevado custo. Assim, é a nossa intenção contribuir para o debate sobre o uso da informática na educação química, por meio de análises de softwares e "web sites" ou sítios (páginas) da Internet dirigidos aos ensinos médio e superior.
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Os programas de modelagem, simulação e debases de dados permitem interatividade entreusuário-conhecimento, o que pode possibilitar ou facilitar uma aprendizagem significativa dos conteúdos químicos. Da mesma forma, com os programas chamados sistemas especialistas e realidade virtual, pode ser possível estabelecer uma nova forma de relacionamento aluno-conhecimento químico, superior a atingível por meio impresso normal ou atra-vés da aula expositiva tradicional.
Como resultado da consulta (pesquisa bibliográfica) aoJournal of Chemical Education - JCE, entre 1977 e 1994, foram listados 488 programas, classificados de acordo com doze categorias propostas. Também foi feito o mesmo levantamento de 1978 a 1994, na Química Nova - QN, onde foram encontrados 51 programas para ensino de química. Tais programas são usados de muitas maneiras no processo de ensino-aprendizagem: do simples exercício e prática de problemas numéricos e tutoriais de conceitos, que avançam sob o controle do aluno aos softwares de mo-delagem molecular, aos complexos sistemas especialistas, baseados em inteligência artificial e softwares de realidade virtual que permitem uma nova relação aluno-conhecimento.
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A pesquisa relacionou o desenvolvimento do hardware com o software educacional, que foi sendo desenvolvido para o ensino de química ao longo de 18 anos. Ficam evidentes as mudanças dos programas: de simples cálculo computacional e tutoriais, ou seja, poucos interativos às simulações e bases de dados / modelagem e / ou simulação com previsão, que permitem boa interação aluno-conhecimento.
Levantamos os conteúdos mais abordados nos programas do JCE e da QN e dos tipos mais freqüentes. Os conteúdos mais trabalhados foram: química quântica/teoria quântica; análises qualitativa, quantitativa, gravimétrica, volumétrica, titulométrica; espectrofotometria, espectroscopia: RNM, EPR; termodinâmica; estruturas, o que totaliza cerca de 49,3 % dos programas, e o tipo de maior freqüência foi o cálculo computacional, seguido muito de longe por simulação e tutoriais.
Levantamos os conteúdos mais abordados nos programas do JCE e da QN e dos tipos mais freqüentes. Os conteúdos mais trabalhados foram: química quântica/teoria quântica; análises qualitativa, quantitativa, gravimétrica, volumétrica, titulométrica; espectrofotometria, espectroscopia: RNM, EPR; termodinâmica; estruturas, o que totaliza cerca de 49,3 % dos programas, e o tipo de maior freqüência foi o cálculo computacional, seguido muito de longe por simulação e tutoriais.
Sites para divulgação e ensino de química: |
Allchemy web - http://allchemy.iq.usp.br/ Chemkeys - http://www.chemkeys.com QMCWEB - http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb GEPEQ - http://gepeq.iq.usp.br LEPEQ - http://www.unb.br/ |
Quanto aos sites da Internet, esses aparecem a partir de 1995 no JCE e depois na QN no ano de 1998. Entre os autores nacionais que se dedicaram ao estudo do potencial das tecnologias interativas no processo ensino-aprendizagem de química, podemos destacar: Vieira (1997), Ferreira (1998), Eichler (1999) e Giordan (1999). Os dois últimos com várias publicações na Revista QN na Escola, que é dedicada à divulgação de pesquisas sobre educação química, principalmente, para o ensino médio.
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