domingo, 17 de julho de 2011


Viva a arte

A Bienal de Cerveira é a mostra de arte contemporânea mais antiga do país, juntando exposições, performances, workshops, conferências e concertas.
Por:Adolfo Luxúria Canibal


A Bienal de Vila Nova de Cerveira abriu ontem as portas, mantendo a tradição iniciada em 1978 de, a cada dois anos, trazer à vila minhota o que de mais relevante vai acontecendo nas artes contemporâneas.
Na sua 16ª edição, a mostra de arte mais antiga do País apresenta ao público, além da centena e meia de obras internacionais a concurso, nas áreas da pintura, da gravura, da fotografia, do vídeo, da performance, da cerâmica e da escultura, várias exposições temáticas, sob a égide de diferentes curadores.
Para todos os gostos
Assim, o fotógrafo Carlos Casteleira, sob o tema ‘Ecúmeno', organiza intercâmbios entre artistas da Europa e do Brasil, com trabalhos dos franceses Erick Samakh e Victoria Klotz, dos brasileiros Rodrigo Braga e Paulo Meira e dos portugueses Rui Monteiro e Laetitia Morais; a dupla João Mourão e Luís Silva, em ‘Como Proteger--se do Tigre', propõe um exercício sobre as possibilidades de ser em comunidade, mostrando obras dos portugueses André Romão, António Bolota, Bruno Cidra, Diogo Evangelista, Francisco Tropa, Gonçalo Sena, João Queiroz, Nuno da Luz e Pedro Barateiro; a dupla luso-brasileira Lourenço Egreja e Paulo Reis reúne obras de Amélie Bouvier (França), Claire de Santa Coloma (Argentina), Flávio Cerqueira (Brasil) e Ramiro Guerreiro (Portugal) que resultaram do exercício colectivo de uma experiência in loco, sob o título ‘Quatro Apontamentos e Um Não Lugar'; o espanhol Orlando Britto Jinorio, com o mote ‘Construyendo Redes', oferece performances e outras acções de Dani D'Emilia (Brasil), Nuno Oliveira e Margarida Chambel (Portugal), Idaira del Castillo (Espanha), Tirzo Martha (Curaçao), Florêncio Campo e Patrícia Torrero (Espanha), Ana Dumas (Brasil) e Triny Prada (Colômbia); finalmente, em ‘Tempos em Suspensão', Solange Farkas presenteia-nos com meditações sobre as cidades, entendidas como lugares onde os tempos se sobrepõem, dos brasileiros Cesar Meneghetti, Jonathas de Andrade, Caetano Dias, Armando Queiroz, Gaio Matos, Dirceu Maués e Pablo Lobato.
Mas há também as exposições comissariadas por José Alberto Ferreira (‘Escrita na Paisagem'), Pedro Oliver (‘Cataclístics'), Daniel Rangel (‘Luz Escrita') e Silvestre Pestana (‘Galeria Pública para as Artes Digitais'), a homenagem ao escultor José Rodrigues e vários workshops, conferências e concertos. A convidar a reiteradas idas à Vila das Artes... lD
resumo
A Bienal de Cerveira traz ao Alto Minho alguns dos mais conceituados artistas plásticos contemporâneos. Nesta edição, as exposições estendem-se também a Vigo (Galiza) e ao Porto.
LOCAIS
Vila Nova de Cerveira: FÓRUM CULTURAL, CASA VERMELHA, Convento de Sampaio, República das artes, Escola Superior Gallaecia .
Vigo: Casa das Artes
Porto: Palacete dos Viscondes de Balsemão
livro
‘Apenas Miúdos'
Uma biografia subjectiva sobre o fotógrafo Robert Mapplethorpe que é também uma autobiografia e um livro de memórias sobre Nova Iorque nos anos de transição da década de 60 para a
de 70, quando o underground criativo fazia a passagem da contracultura hippie para o punk emergente. E é também uma história de amizade.

autor PATTI SMITH
EDITORA QUETZAL
COLECÇÃO SERPENTE
EMPLUMADA
DVD
‘A Cidade Branca'
É já de 1983, mas continua a ser o melhor filme sobre Lisboa alguma vez realizado. E em boa hora é editado em DVD, numa colecção de preço reduzido, quando a cidade aqui retratada começa a ser memória de outros tempos, de quando os bairros eram bairros e a urbe tinha alma. Um inesquecível Bruno Ganz a deambular por uma Lisboa cenário.
AUTOR ALAIN TANNER
EDITORA ATALANTA FILMES
COLECÇÃO EXCLUSIVOs FNAC
disco
‘Os Gloriosos Smix Smox Smux...'
Simplicidade, irreverência, alvoroço e inteligência são os pilares de um disco que trata a formatação pop como um propósito a evitar. E com ironia, pro-
vocação e boa--disposição desfere um violento murro contra a normalidade, juntamente com um rock inventivo e absurdo.
TÍTULO ‘OS GLORIOSOS
SMIX SMOX SMUX DERROTARÃO OS EXÉRCITOS CAPITALISTAS'
AUTOR SMIX SMOX SMUX
EDITORA PAD
Fugir de:
Ler livros electrónicos é a grande moda e as vendas de e-books dão conta disso. E com os iPad e afins a proporcionarem mil e uma hipóteses de leitura, ler tornou-se um divertimento tecnológico. Mas a mim tira-me o prazer de seguir a narrativa ao ritmo pessoal do folhear das páginas, de me perder em pensamentos na suave lassidão provocada pela rugosidade do papel, de adormecer abraçado ao volume aberto...

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